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Por que eu sou otimista

  Antigamente, eu era pessimista sobre as perspectivas pro socialismo. Hoje eu sou otimista. Por quê? Porque eu vi as tendências e pensei em algumas coisas. No começo do século XXI foi a primeira vez que a maioria da população do mundo passou a ser composta de trabalhadores assalariados. Hoje são uns 1,82 bilhão numa população ativa de 3,43 bilhões .  Essa classe trabalhadora, que nunca foi tão grande, também nunca teve uma educação tão boa . E tá se concentrando cada vez mais. O número de trabalhadores por empresa aumenta conforme os países crescem . Podem não ser mais fábricas físicas, como no século XX, mas a internet às vezes facilita a comunicação mais ainda. O mais importante de tudo: as conquistas desses 200 anos não foram perdidas. Os salários reais cresceram, com algumas quedas em períodos de crise . Em lugar nenhum por exemplo o capitalismo conseguiu acabar com as férias, ou aposentadoria (conseguiu no máximo diminuir o crescimento), ou diminuir o acesso à saúde pública etc E

Live Universos Ardentes parte 2

  Essa é a segunda live, com a Gisele Honorato e a Deborah Capella. É só clicar na foto. Muito obrigado às autoras! 

Live Universos Ardentes

  É só clicar na foto para poder assistir a live que a gente fez essa semana. Meus agradecimentos ao Gerson Lodi-Ribeiro, ao Osame Kinouchi e ao Pedro Lins!

Novas coletâneas de ficção científica e fantasia da Editora Cyberus

  Começou o financiamento coletivo das novas coletâneas de fantasia e ficção científica da Cyberus ! Universos Ardentes, que é de histórias hot, eu sou um dos organizadores. Os Salvadores do Planeta é da Marion Zimmer Bradley, a autora de Brumas de Avalon, e faz parte da série Darkover, que eu gosto muito e é a série de ficção científica mais famosa dela.

Comentário do Bordiga sobre o curso histórico do capitalismo

No meio de várias loucuras, o Bordiga sempre conseguiu fazer algumas observações importantes sobre as questões estratégicas do movimento comunista. Traduzi esse trechinho da conferência A Reversão da Práxis porque ele contesta o declinismo que se tornou dominante entre os leninistas e até além deles (por exemplo, o Meszáros). Traduzi daqui .  Quadros I e II - A Sucessão das Formas de Produção Quadro I - Esquema da falsa teoria da "curva descendente" do desenvolvimento histórico do capitalismo Comentário ao Quadro I 1. Perante o atual estado confuso da ideologia, da organização e da ação revolucionárias, é um falso remédio contar com um declínio inevitável e progressivo do capitalismo, um processo alegadamente já em curso, e no fim do qual a revolução proletária supostamente está à espera. De facto, a curva do capitalismo não tem nenhum ramo descendente (Sumário, 1). 4. A teoria da curva descendente do capitalismo é totalmente errada e gera a questão inadequada de saber por qu

Apresentação de trabalho na XXII Semana de Ciências Sociais da UFU

  No dia 9/11 vou apresentar, junto com o Mário Miranda Antônio Júnior e o Enio Éverton Esteves Pereira o artigo "Política e literatura: a ascensão dos trabalhadores no Brasil".  O link da reunião é aqui e o ID é: 243 799 949 344 e a senha: whDyG4  A programação completa está aqui  

Notinha sobre a World Profitability Dashboard

Eu coloquei nos links do blog a World Profitability Dashboard, criada pela equipe do Deepankar Basu. Só vou falar duas coisinhas.  Primeiro, em alguns países, existem dados desde o século XIX que podem ser usados pra calcular a taxa de lucro. Só que, em primeiro lugar, são poucos países e, mais importante, a taxa de lucro definida pelo critério marxista é a taxa de lucro média dos capitais e, em quase todos os casos, no século XIX os países ainda estavam no período da subordinação formal ao capital, ou seja, o capitalismo ainda não tinha se enraizado em toda a formação social. Na grande maioria, o campo continuou nas mãos de pequenos proprietários, em alguns casos até a metade do século XX, e o chamado setor de serviços ainda não era organizado de forma capitalista (ou seja, a medicina, a educação, os serviços públicos etc ainda não se organizavam através de empresas com trabalhadores assalariados sem controle sobre a gestão do próprio trabalho). Nessas condições, a produção de exceden