Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2014

Ecologismo e anticapitalismo reacionário

É um fato que a biosfera está sofrendo graves transformações, causadas pela espécie humana, que podem levar a uma extinção em massas e inviabilizar a vida de grande parte da humanidade. Também é um fato que essas transformações não são causadas igualmente por todas as pessoas, e que os maiores responsáveis são os grandes monopólios capitalistas, começando pelo petrolífero e pelo complexo industrial-militar. Diante disso, a necessidade da luta ecologista é incontornável, bem como a necessidade de uma reorganização da produção sobre bases ecológicas, para o que seria preciso uma revolução internacional.  Dito isso, o grande debate é o que exatamente significam as “bases ecológicas” para a reorganização da produção. Ao contrário do Bellamy Foster , eu não quero tapar o Sol com a peneira, e não vou dizer que algumas citações esparsas que existem na obra do Marx e do Engels são uma concepção marxista da ecologia.  A contribuição real que o marxismo pode dar para a ecologia não é es

Apelo de Lukács contra o processo a Angela Davis

Fonte: https://gyorgylukacs.wordpress.com/2014/07/09/appello-di-lukacs-contro-il-processo-ad-angela-davis/ «l’Unità», 12 de janeiro de 1971 Documento assinado por um grupo de intelectuais da Europa Ocidental e Oriental Budapest, 11 Um grande grupo de eminentes intelectuais da Europa Ocidental e Oriental, entre os quais György Lukács, os escritores alemães Heinrich Böll e Martin Walser, o austríaco Ernest Fischer, o dramaturgo suíço Rolf Hochhuth (autor de «O Vigário»), os diretores húngaros Miklos Jancso e Andras Kovacs e os escritores italianos Elsa Morante e Nelo Risi, divulgou hoje um apelo ao povo americano contra a perseguição a Angela Davis. Diz o documento: «Os signatários deste apelo se dirigem à opinião pública americana com a convicção de que esta saberá exprimir a profunda apreensão nutrida por milhares de intelectuais europeus, em relação ao caso de Angela Davis. O caso Dreyfus na Europa, o trágico destino de Sacco e Vanzetti na America, convenceram

"Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio", do Fredric Jameson (2)

Antes de terminar o ano, eu quero voltar ao Jameson. Eu tinha parado quando o Guilherme tinha me feito duas perguntas (como anônimo) na primeira parte desse texto: Aguardo ansioso sua colocação acerca do problema da autonomia. Estou ainda um pouco confuso acerca do que exatamente critica no autor. Certamente ficará mais clara quando escrever sobre sua apologia do capitalismo. Vou responder mas, antes, vou falar de uma coisa que não tem nada a ver com o que ele perguntou (ele também faz isso comigo). Por algumas circunstâncias (uma delas é que eu vou ter que devolver o livro), essa vai ser a postagem final da série, diferente das três ou quatro partes que eu tinha prometido, mas de que eu desisti (porque no fundo eu ainda pensava em fazer uma resenha do livro, ao contrário do que eu tinha falado na primeira parte). O sujeito do realismo, do modernismo e do pós-modernismo Pra começar, existe um tema importante de que eu não tinha conseguido falar na primeira parte