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Mostrando postagens de 2020

"Trabalhadores do Brasil"

Eu tô lendo aqui a coletânea de contos Trabalhadores do Brasil , que foi organizada pelo Roniwalter Jatobá e publicado em 1998. É muito boa. Só quero comentar sobre algumas questões estéticas envolvidas.  Em primeiro lugar, o Luiz Ruffato considera que o Roniwalter Jatobá foi o criador de uma literatura proletária brasileira . Não sei. Antes dele, existiram escritores que falaram sobre a classe trabalhadora brasileira, talvez o diferencial do Jatobá tenha sido esse ser o foco da obra dele. Aliás, o próprio livro mostra que esse tema tem sido explorado pelo menos desde o começo do século XX, até por outros autores além dos representados na coletânea, por exemplo o Dalton Trevisan, Mário de Andrade, ou vários naturalistas (Inglês de Souza, Aluísio Azevedo, talvez o Domingos Olímpio etc).  O que também é apontado pelo Luiz Ruffato, e com razão, é que, muitas vezes, em vez de retratar os trabalhadores, os escritores têm retratado o lumpemproletariado (Plínio Marcos, Paulo Lins e por aí vai

Live "Tributo aos 200 anos de Friedrich Engels: Vida, Obra e Atualidade para a Esquerda", do Coletivo Judaico de Esquerda

  Clique na imagem pra acessar o vídeo

Live "Liberdade e Responsabilidade na Pandemia", no canal Linhas de Fuga

Agradeço novamente ao Diego Felipe pela oportunidade da conversa

O meu conto curto "Ponto" vai ser publicado na newsletter Faísca!

A Faísca é a newsletter da revista Mafagafo , e a história se passa no universo  Cyberfunk . Eu sou doido pra publicar uma noveleta na Mafagafo.

Comentários sobre alguns temas da direita brasileira

Essa semana eu li a monografia  A História fetichista: o aparelho de hegemonia filosófico Instituto Brasileiro de Filosofia/Convivium (1964-1985) . Fiquei pensando numa coisa que de vez em quando me passa pela cabeça, um tipo de história alternativa: vamos dizer que o olavismo fosse mesmo uma direita conservadora, e não um tapa-buraco ideológico/ folha de parreira do populismo de direita. O que eles iam fazer?  Se eles acreditassem mesmo em recriar a alta cultura no Brasil, uma das primeiras tarefas seria disputar a historiografia. Pelo caráter polêmico e decisivo, cinco momentos da história do Brasil teriam que ser reavaliados e colocados numa nova narrativa: - a colonização, que teria que ser transformada, de extração das matérias-primas pra vender no mercado mundial, em alguma coisa como uma obra civilizatória cristã. Talvez o Gilberto Freyre pudesse der invocado pra essa leitura mais positiva da colonização. - o Império, em que a persistência da escravidão e o processo de transform

Live "Distopias e Utopias" no canal Linhas de Fuga

Curtam o canal Linhas de Fuga, do Diego Felipe e do Vladimir Santafé. 

O que defender e o que rejeitar da assim chamada civilização ocidental?

Eu tô há um tempo sem publicar no blog, por causa de vários problemas pessoais. Mas eu tô vivo. Vou aproveitar pra só falar uma coisa rapidinho. Um posicionamento que eu queria botar no papel e eu fiquei pensando numas conversas hoje. Homem Vitruviano, Leonardo da Vinci, 1490 O problema É moda entre os cruzadinhos de merda da extrema direita defender a assim chamada civilização ocidental, ou uma coisa mais ficcional ainda, a tal da civilização judaico-cristã . Bem, quando esses caras fazem isso, é pra defender as raízes cristãs da nossa cultura. Só que o que tem de diferente (e melhor ) na civilização ocidental não é o cristianismo - a Europa ocidental na Idade Média não era qualitativamente diferente do mundo árabe-islâmico, da Índia ou da China - na verdade era mais atrasada, era a Belford Roxo do mundo.  O que fez a Europa tomar a dianteira culturalmente foram o Renascimento, a revolução científica, a Reforma e o Iluminismo. Ou seja, justamente o que e