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Mostrando postagens de junho, 2016

As obras de arte como capital fictício

O mercado de arte teve um recorde de vendas em 2014, chegando a negociar 54,9 bilhões de dólares , mais ou menos o PIB do Uruguai. Num momento de crise econômica, uma parte da burguesia está investindo em ativos que têm uma perspectiva quase certa de valorização permanente, como as obras dos grandes mestres do modernismo. Nesse ponto, comprar uma obra de arte não é muito diferente de investir em ouro ou joias. Aqui no blog eu tenho falado muito de estética, mas também é interessante falar do papel da obra de arte dentro da economia capitalista. O Jameson é um filósofo que defende a tese, inclusive, de que o capitalismo tardio aboliu a autonomia da arte, e que ela faz parte da indústria cultural capitalista, tese de que eu discordo, como vou falar no final. Mas é certo que a arte, agora, além do seu valor de uso estético, é um valor de troca que faz parte do processo de valorização do capital. Uma obra de arte não é uma mercadoria, o trabalho concreto do artista não se reduz a tra