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Mostrando postagens de 2021

Lançamento do livro "Araucanía", do Luiz Andrade!

  A editora Alma Revolucionária tá lançando o terceiro livro do poeta Luizinho, que eu tive a alegria de escrever o prefácio. Se você quiser comprar, é só clicar na imagem

"A Destruição da Razão", do Lukács (1)

   O Instituto Lukács , antes de encerrar as atividades esse ano, publicou a primeira tradução em português de A Destruição da Razão , do Lukács. Eu ia comprar em janeiro, acabei me enrolando, mas depois peguei o e-book. Esse livro, como vocês devem perceber pelo blog, foi uma influência muito forte pra mim, mesmo eu nunca tendo conseguido terminar de ler da primeira vez, no ano que eu estudei na UFRJ e peguei na biblioteca da Letras. Hoje, depois de vinte anos, eu reli e quero, ao mesmo tempo, fazer uma resenha e falar das minhas impressões nesse intervalo tão grande Vou dividir em três ou quatro partes pra leitura não ficar cansativa. O livro é dividido em sete capítulos e o epílogo. Nessa edição, vem mais um texto, sobre como lidar com o passado alemão. Vou falar de um por um, depois vou dizer como eu avalio a influência desse livro e da corrente lukacsiana em geral (quem lê aqui sabe que eu sou muito crítico a eles). A introdução situa o irracionalismo, colocando como a corrente pr

Susanne Langer e a estética da dança

  Um dos objetivos desse blog no começo era mostrar uma abordagem marxista sobre a estética das artes, que não ficasse presa a algumas limitações do Lukács. Por exemplo, é o que eu tentei fazer na série sobre a pintura abstrata . Eu logo encontrei uma dificuldade, que é a orientação da estética marxista, que é principalmente para a literatura, mas pelo menos tem alguma produção boa sobre artes plásticas. No caso da arquitetura, já foi bem mais difícil descobrir o Manfredo Tafuri , e no da música, o que tem de mais conhecido é a polêmica do Adorno em defesa da música de vanguarda. Eu não entendo nada de música, então nem tentei escrever nada (por outro lado, o capítulo bom que fala sobre música do Tomo IV da Estética do Lukács eu encontrei online aqui  - os quatro tomos em espanhol dá pra encontrar aqui ). Por outro lado, no caso do teatro, até pouco tempo atrás o Gustavo Moreira Alves estava escrevendo no blog dele, o Pensamento em Cena, que infelizmente ele tirou do ar.  De todas as a

Proust queer?

  Umas das "aventuras" que eu mais gostei de entrar nessa pandemia foi terminar de ler Em Busca do Tempo Perdido . Tô com dois livros pra ler depois, Proust e os Signos , do Deleuze, e Lukács, Proust e Kafka , do Carlos Nelson Coutinho. Mas resolvi não ler antes de terminar tudo, pra não influenciar as minhas impressões.  E a minha maior impressão - entre todas as coisas que tem ali, que eu não vou falar nesse texto - é que a modernidade da obra tem uma característica muito semelhante ao queer: é um jogo de dissimulações, em que a própria noção de orientação sexual se esvai entre as camadas da narração.  É um livro escrito por um autor gay que faz uma autoficção em que, pra evitar o escândalo, o personagem do narrador é hetero e em que, em quase metade da obra, paira a dúvida sobre se Albertine, a namorada dele, é lésbica e, em geral, essa suspeita sobre serem homossexuais se estende sobre vários outros personagens. O personagem que mais claramente é gay, o Barão de Charlus,

Áudio sobre o bordiguismo

  Esse é um áudio que eu fiz ano passado num grupo, fazendo um pequeno histórico da corrente bordiguista. Pra ouvir, é só clicar no link, da imagem. Digam depois se tá bom o som e se ficou fácil de entender, ou se precisa editar ou corrigir alguma parte, por favor.

"Vazio de Dentro", do Luiz Andrade

Para comprar o livro, fale com o autor pelo e-mail luizim23@gmail.com  Essa vontade triste de ser e acabar-se sempre no antes Vazio de Dentro (2020) é o segundo livro do Luiz Andrade, o primeiro foi Matutando (2017). Esse faz parte do outro pólo do mundo do autor. O Matutando fala muito do universo rural mineiro, evocando a infância, a família, a natureza, enquanto Vazio de Dentro é a passagem pro mundo urbano.  Ele se divide em duas partes, que tecnicamente são bem diferentes, quase que dois livros quase independentes - ou então, a primeira parte, com epígrafe do Álvaro de Campos, o heterônimo mais urbano do Fernando Pessoa (“porque ser é ser bastardo/ e só Deus nos servia”) é meio que a suma do que é explicado mais narrativa e discursivamente na segunda parte, com epígrafe do Alberto Caeiro (“não acredito que eu existe por detrás de mim”). Os poemas da primeira parte são curtos, algumas vezes lembram haikais (“embarquinho de papel/ sopra o vento da memória/ na proa rasa de minha

Voz Proletária

  Esse é o meu novo conto, uma história de ficção científica retrofuturista baseada em fatos reais do movimento operário. É o primeiro que eu publico pela Amazon, para comprar, é só clicar na imagem