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Mostrando postagens de outubro, 2012
Década de Zero O meu nome é Paulo. Estou falando isso não porque eu exista (eu não existo), mas porque, já que eu sou um personagem, as pessoas cobram esse tipo de coisa. Todo mundo lê as coisas que podem dar a noção de experiências a que não teriam acesso sem a literatura. Então, o que eu quero fazer aqui é falar um pouco das minhas experiências (minhas, no caso as do autor), porque todo mundo pode dar pitaco. Voltando ao assunto, o que eu queria era mostrar o emparedamento de uma época. A nossa geração teve pouco tempo. Começou pelo fim, mas foi bela a nossa procura, mesmo com tanta ilusão perdida. O que é interessante é que, na década de 1970, os punks diziam: No future. Bem, o futuro estava uns vinte ou trinta anos na frente deles - hoje. Esse é o No future. Década de zero. Primeiro eu vou falar de uma cidade feia no subúrbio onde começa a história, pra não desperdiçar o rascunho que ele fez (o autor). Mas é o seguinte, vamos falar de um cara que vivia num mundo de 5

Black Sabbath, banda formada por operários antiimperialistas!

Quando hoje a gente vê a decadência do metal e, pior ainda, a maioria do público do estilo, formado por jovens facistoides de classe média, a gente acaba esquecendo que poderia ter sido diferente - e que, realmente, as coisas eram diferentes no começo. Por isso essa postagem sobre o Black Sabbath. A cultura e a posição de classe do heavy metal setentista Antes de tudo, temos que entender o contexto em que surgiu o heavy metal. O rock tem a sua origem no blues, como todo mundo sabe. Então, era música negra de resistência (e defendia a liberdade sexual da juventude, assim como a melhor parte do funk putaria de hoje), até ser absorvido pelo mercado e embranquecido na época da "invasão inglesa" (1962). Os Beatles, que eram a principal banda da invasão inglesa, se redimiram assumindo o seu papel na segunda radicalização do rock'n'roll (1966-1967). Nesse momento, a radicalização do rock refletia a radicalização mais geral da sociedade, tanto nos países imperialist

E esse negócio de APAFUNK?

Esse é o site da APAFUNK, que foi criada (entre outros) pelo Mc Leonardo: http://www.apafunk.org.br/a_apafunk.html Algumas coisas muito erradas que eu acho nessa tentativa de defender o "funk antigo". Olha só o que tem no manifesto dos caras, no mesmo site: O mais grave é que, sob o comando monopolizado de poucos empresários, a indústria funkeira tem uma dinâmica que suprime a diversidade das composições, estabelecendo uma espécie de censura no que diz respeito aos temas das músicas. Assim, no lugar da crítica social, a mesmice da chamada "putaria", letras que têm como temática quase exclusiva a pornografia. Essa espécie de censura velada também vem de fora do movimento, com leis que criminalizam os bailes e impedimentos de realização de shows por ordens judiciais ou por vontade dos donos das casas de espetáculos.  Você já imaginou se o Cartola montasse uma associação de sambistas, que excluísse direto no manifesto de fundação o Bezerra da Sil