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Acumulação do capital no Brasil 2000-2020


Eu usei as informações do Sistema de Contas Nacionais do IBGE pra transformar os dados nas categorias marxistas, seguindo a metodologia do livro Measuring the Wealth of Nations, do Anwar Shaikh e do Ahmet Tonak, com algumas adaptações por causa da contabilidade brasileira. 

Tem alguns esclarecimentos:

Só encontrei os dados sobre trabalhadores autônomos a partir de 2010. Como o percentual varia de acordo com o ciclo, coloquei uma média de 30% entre 2000 e 2009 e, a partir disso, estimei a divisão entre trabalhadores produtivos e improdutivos desse período.

Coloquei como improdutivos os trabalhadores dos setores de comércio, intermediação financeira e seguros, serviços imobiliários e aluguel, serviços de manutenção e reparação, serviços prestados às empresas, serviços prestados às famílias e associativos, serviços domésticos, educação pública, saúde pública e administração pública e seguridade social, e dividi o valor dos salários proporcionalmente, para estimar o capital variável total (salários dos trabalhadores produtivos).

Aparece a tendência de aumento da participação do trabalho improdutivo, que é característica do desenvolvimento das forças produtivas no capitalismo. As estimativas de 2000-9 seguem o mesmo ritmo do cálculo direto de 2010-20. 

É muito interessante que, depois dessa reconstrução das estatísticas, aparecem tendências estáveis durante esse período, de três ciclos e o começo de outro, o que mostra que estamos apreendendo relações reais. Fica bem claro que houve variações conjunturais, mas nenhuma grande alteração nesse período que vai do segundo mandato do FHC até o começo da pandemia.   

A planilha pode ser acessada clicando na imagem de cima



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